Atualmente, se tornam necessárias recomendações baseadas em evidências para o tratamento do vitiligo em pacientes pediátricos, adolescentes e adultos jovens nos EUA. Sendo assim, Yuval e colaboradores (2024) desenvolveram recomendações de especialistas baseadas em evidências e consenso sobre o diagnóstico e tratamento do vitiligo em pacientes jovens.

Foi desenvolvido um processo para produzir recomendações consensuais que abordam questões relacionadas ao vitiligo pediátrico. Uma revisão da literatura foi realizada utilizando artigos que atenderam aos critérios de inclusão: estudos publicados em inglês, contendo dados primários (incluindo metanálise) e dados específicos da pediatria, e análises de 6 ou mais pacientes.

Os artigos incluídos foram classificados de acordo com os critérios de taxonomia de força de recomendação e os níveis de evidência e graus de recomendação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. As questões de pesquisa foram analisadas em 9 de maio de 2022, por meio de videoconferência. Um mês após a conferência, os participantes participaram num inquérito online documentando o seu nível de concordância com as afirmações geradas, utilizando uma escala Likert de 5 pontos.

Artigos sobre corticosteroides tópicos e/ou inibidores tópicos de calcineurina (n = 50), inibidores tópicos de Janus quinase (n = 5), pseudocatalase (n = 2) e microdermoabrasão (n = 2) preencheram os critérios de inclusão.

No total, quarenta e duas recomendações foram feitas em relação ao diagnóstico de vitiligo e terapia tópica ideal, com 33 alcançando concordância composta de 70% ou mais e concordância forte.

Inibidores tópicos de calcineurina duas vezes ao dia, corticosteroides tópicos com limitação de tempo devido ao risco de atrofia, e ruxolitinibe tópico, 1,5%, creme - usado fora de indicação para pacientes com menos de 12 anos e limitado ao vitiligo não segmentar - foram identificados como terapias de primeira linha com base em evidências no manejo de pacientes pediátricos e adolescentes, com orientações específicas sobre dados baseados em idade, período mínimo de ensaio terapêutico de 6 meses ou mais, terapia prolongada para prevenir recorrência, e o benefício positivo do uso coordenado de fontes terapêuticas de UV.