Mortalidade por SARS-CoV-2

Estratificação de risco de pacientes internados com COVID-19 com base em Protocolo da OMS

Desenvolvimento e validação de escore de risco pragmático para prever a mortalidade em pacientes internados em hospital com base no protocolo de Caracterização Clínica ISARIC

O atual cenário da epidemia mundial do coronavírus (COVID-19) vem exibindo a necessidade expressiva da estratificação dos pacientes de acordo com o risco de morte, com o objetivo de otimizar o tratamento e a alocação de cuidados críticos. Diferentes avaliações de escores específicos da COVID-19 bem caracterizados da gravidade da doença nesta população pacientes já foram apresentados (NEJM JW Infect Dis Oct 2020 and Eur Respir J 2020 Jul 2).  

Neste contexto, um estudo prospectivo de coorte observacional apresentou uma nova ferramenta de previsão em andamento em 260 hospitais na Inglaterra, Escócia e País de Gales. O escore foi desenvolvido a partir de dados de tratamento de 35.463 pacientes adultos (idade ≥18 anos, idade mediana, 73 anos; 42% mulheres; taxa global de mortalidade, 32%) diagnosticados com COVID-19 através de PCR. O estudo selecionou 8 variáveis ​​preditivas disponíveis na internação dos pacientes (idade, sexo, número de comorbidades, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio, escala de coma de Glasgow, nível de ureia e proteína C reativa) para o modelo final da ferramenta. Considera-se que a soma dos pontos atribuídos a essas 8 variáveis ​​divide os pacientes em quatro grupos de risco com taxas de mortalidade correspondentes: baixo risco (0–3 pontos; taxa de mortalidade, 1,2%), risco intermediário (4–8 pontos; taxa de mortalidade, 10%), alto risco (9–14 pontos; taxa de mortalidade, 31%) e risco muito alto (≥15 pontos; taxa de mortalidade, 62%).  

A validação do escore foi referente aos pacientes internados entre 21 de maio e 29 de junho de 2020, com características semelhantes às da coorte de desenvolvimento. Segundo os resultados das análises, foi vista uma excelente correlação entre mortalidade prevista e observada, com melhor desempenho do que os escores já existentes, sendo útil para informar diretamente a tomada de decisão clínica e na estratificação de pacientes internados com COVID-19 em diferentes grupos de tratamento.  

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